viação Civil Brasileira: Um panorama da Recuperação Pós-Pandemia
Como sabemos, os últimos dois anos não foram fáceis para a aviação, os impactos das restrições impostas pela pandemia são de certa maneira, imensuráveis. Porém, com o avanço da vacinação e o conhecimento sobre o vírus, começamos a notar uma recuperação gradativa do setor.
Dessa maneira, nesse artigo iremos trazer um panorama sobre os impactos econômicos sofridos pelas companhias aéreas e consequentemente o processo de recuperação individual de cada uma delas.
Sendo assim, como se dá a recuperação das companhias brasileiras?
LATAM
Bom, começando pela LATAM, podemos facilmente afirmar que foi a companhia aérea brasileira mais afetada durante a pandemia. Seu modelo de negócios tinha ênfase no mercado internacional, o que contribuiu para uma queda de valor de mercado muito grande durante o período, isso ocorreu principalmente devido às restrições sanitárias e proibição de voos impostas ao redor do mundo.
Diante desse cenário, a companhia viu seu “Load Factor” (ocupação média) cair significativamente para números extremamente baixos, e hoje figura a terceira posição no mercado doméstico do país, transportando cerca de 6,9 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2021.
Além disso, em maio de 2020, a companhia abraçou o método de proteção americano conhecido como “Chapter 11”, que consiste em um método de reorganização de débitos, que permite a companhia aderente a apresentar um plano de reestruturação aos seus credores.
Por ter aderido ao Chapter 11, ainda não é possível estabelecer um futuro para a companhia, porém, no dia 26 de novembro de 2021, a companhia apresentou seu plano de reestruturação alegando uma injeção de capital de $8,19 bilhões, o que pode solidificar seu processo de recuperação. Além disso, esse anúncio foi um alívio ao mercado que temia pela aquisição da empresa por sua rival Azul Linhas Aéreas.
GOL
Até então detentora da primeira colocação no transporte doméstico brasileiro no período prépandêmico, a Gol Linhas Aéreas sofreu um grande impacto durante a pandemia.
Em 2019, a empresa representava 34,9% do market share no país, porém, apenas no primeiro semestre de 2021, obteve um prejuízo de R$2,3 bilhões, o que contribuiu para um aumento da dívida da empresa que atualmente abrange de credores até taxas de pouso.
Apesar de tudo, com o avanço na vacinação e a diminuição de casos, a postura dos líderes da companhia é otimista, levando em conta que recentemente anunciaram a compra de 28 novas aeronaves Boeing 737 MAX-8. A aquisição de novas aeronaves leva a entender que a companhia está comprometida com seu futuro e possui um planejamento sólido para os próximos anos.
AZUL
A surpresa do período, sem dúvida alguma, é a Azul. A companhia que ocupava a terceira posição em 2019, conseguiu se reinventar, e apesar dos impactos da pandemia, assumiu o posto de líder do mercado brasileiro de aviação, com 39,5% do market share.
Devido sua política inversa a da LATAM, onde seu foco está justamente na aviação regional e doméstica, a companhia sofreu menos impactos que suas concorrentes e assim conseguiu se reorganizar diante do cenário encontrado nos últimos dois anos e se solidificar no topo da cadeia.
No último balanço divulgado pela ANAC, a Azul transportou 9,5 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2021, cerca de 2 milhões a mais que a segunda colocada GOL.
Além disso, a Azul foi cotada nos últimos meses como uma possível compradora da LATAM, o que consolidaria a empresa como a maior da América do Sul. Outro fator importante, é que a Azul é pioneira no mercado de aviação regional brasileiro, já que detém a Azul Conecta, empresa responsável por conectar grandes centros a cidades menores de grande importância socioeconômica.
O que a recuperação das companhias diz sobre o mercado de tripulantes?
Com o avanço da recuperação pós-pandemia, muitas companhias ao redor do mundo já iniciaram a contratação de novos tripulantes. Uma das razões possíveis para isso é o fator psicológico. As restrições impostas pela pandemia geraram um grande aumento no anseio por viajar na população em geral, o que aumentou a necessidade de oferta por parte das companhias aéreas.
Dessa maneira, quanto maior a oferta, maior é a quantidade de tripulantes necessários para operarem as aeronaves (para saber mais sobre essa relação, temos um artigo já no nosso blog!
https://tremdepouso.com.br/blog/aposentadoria-falta-de-pilotos
Mas afinal, quando empresas começarão a contratar novos tripulantes?
Bom, essa é a pergunta de um milhão de dólares! Como você já deve esperar, essa pergunta não possui uma resposta certa, pode ser agora ou daqui a um semestre, ano, etc. Fato é que já existe uma movimentação nos bastidores, que agregada a uma possível falta de pilotos, indicam que a contratação de novos tripulantes não deve demorar para vir à tona.
Diante disso, a AZUL Conecta, empresa satélite da AZUL Linhas Aéreas, já anunciou seleção de pilotos (com requisitos mínimos de 200 horas). Apesar das poucas vagas disponíveis, isso já soou como um grande suspiro para o mundo da aviação, que começa a observar os primeiros passos na recuperação total do mercado.
Então devo começar minha formação agora?
Então devo começar minha formação agora? Bom, o tema é delicado, e essa pergunta é muito pertinente entre todos os interessados por ingressar na aviação. Por conta disso, temos um vídeo super detalhado sobre isso em nosso canal no Youtube! Tenho certeza de que ele irá tirar muitas dúvidas que vocês tenham sobre o momento correto de iniciar sua formação! Segue o link:
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