Saber se portar durante situações difíceis do dia a dia nunca é uma tarefa fácil para ninguém, afinal, em grande parte das vezes, o nervosismo toma conta da razão, e o resultado final quase sempre é diferente do que gostaríamos. Mas você já parou para pensar em como você se comportaria em situações que a sua vida está em jogo? Parece intimidador, mas como tudo que envolve a nossa mente, podemos moldá-la a se comportar da melhor maneira possível! E é isso que vamos ver neste artigo!
Esse tema, que hoje é extremamente recorrente no treinamento de pilotos, surge a partir do primeiro contato com a aviação, onde todos nós aprendemos que as emergências são reais, e totalmente indiscriminatórias, ocorrendo a qualquer momento, e com absolutamente qualquer um, e embora sejam raras, podem acontecer e por isso precisamos estar preparados.
Mas acalme-se, isso é totalmente possível! Como eu disse na introdução, existe solução para “treinar” a sua mente e prepará-la para momentos assim, basta ter em sua cabeça, dois pilares: O Treinamento Técnico e o Treinamento Psicológico (também conhecido na aviação como não-técnico).
Treinamento Técnico
A chave para o sucesso em qualquer emergência, é, sem dúvida, um treinamento prático, que muitas vezes parece até repetitivo; mas tão necessário, porque nossas conexões cerebrais (as famosas sinapses) se fortalecem com essa repetição o que faz com que as ações sejam cada vez mais rápidas e ágeis.
O corpo humano é a “máquina” mais implacável da natureza, e por isso, somos extremamente sistemáticos, o que nos confere uma característica importantíssima: A adaptabilidade.
Não há quase nada que um ser-humano não consiga aperfeiçoar após dezenas de tentativas, algumas podem levar mais tempo que outras, mas toda habilidade pode ser desenvolvida com treinamento específico e de qualidade. Esse pensamento é muito presente na aviação, onde a repetição contínua de diversas camadas de aprendizagem é imprescindível na manutenção das habilidades de gerenciamento de um piloto.
Posso garantir que você irá perder as contas de quantas vezes, um instrutor de voo irá testar o seu conhecimento sobre emergências em situações inesperadas. Isso é um dos principais mecanismos que, hoje, são utilizados na aviação para colocar o aluno em cenários próximos ao que ele enfrentaria em panes reais, e através disso, conhecer o tipo de comportamento que cada aluno teria.
Porém, para alcançar isso, o treinamento deve ser qualificado, e é nesse ponto que, você, aluno entra na jogada! Além do treinamento repetitivo, é importante ter em mente que você deve sempre se aperfeiçoar, entender sobre a sua aeronave e o ambiente operativo em que você está inserido, afinal, tudo isso pode fazer muita diferença quando você estiver gerenciando uma cabine.
Lembre-se que TODO conhecimento é pouco quando você está em uma situação de emergência, portanto, não economize no estudo, muito menos na qualidade dele. Você nunca se arrependerá de ter feito o melhor curso ou ter estudado “um pouco a mais”.
Treinamento Psicológico
Como observamos no último tópico, somos sem dúvidas a “máquina” mais adaptável e perfeita de toda a natureza, porém, existe uma reação que diminui consideravelmente essa habilidade: a emoção.
Apesar de conseguirmos adaptar com muita facilidade, em momentos em que nos sentimos ameaçados, nosso cérebro automaticamente produz hormônios como o cortisol, que diminui a queima calórica do organismo, e a adrenalina, que estimula o coração, preparando o organismo para situações de estresse, na psicologia também chamado de “efeito luta e fuga”.
Em contrapartida, ambos os hormônios prejudicam o raciocínio, pois inibem o sangue de chegar em sistemas que o organismo julgue desnecessário, causando desorientação espacial, tomadas de decisão erradas, e principalmente, dificultando o cérebro de assimilar novas informações.
Essa relação pôde ser observada em diversos acidentes ao longo da aviação, mas sem dúvida, um dos mais casos mais interessantes para estudo, é o famoso acidente do US Airways 1549, que graças a um ótimo gerenciamento de emergência feito pelo comandante Chesley Sullenberger, conseguiu pousar em segurança e sem nenhum ferido, em meio ao Rio Hudson, na cidade de Nova Iorque.
Seu gerenciamento diante de uma situação adversa e tomada de decisão foi tão eficiente, que intrigou muitos psicólogos, como Amanda Ripley, que comenta em seu blog:
“Sully conseguiu superar as distorções do medo extremo, pois, foi bem treinado e estava confiante na sua capacidade de desempenhar.
Ele conseguiu conter os seus hormônios mais rápido do que a maioria das pessoas conseguiria.”
Isso tudo nos traz a um dos pontos principais da discussão, estar bem treinado não significa estar apenas tecnicamente treinado, mas também mentalmente treinado. Muito se distingue das técnicas utilizadas no treinamento técnico e mental, mas inegavelmente, sabemos que ambos sempre andam juntos e cada vez mais o treinamento não-técnico tem ganhado espaço dentro do treinamento dos pilotos de cias aéreas, sendo que atualmente, Boeing e Airbus estão inclusive adaptando seus treinamentos para que eles sejam baseados em competências e não mais em tarefas.
Além disso, em situações adversas, uma pessoa mentalmente preparada, com menor conhecimento técnico pode ser muito mais assertiva do que aquela tecnicamente preparada, mas que não consegue controlar o seu estresse e colocar seu conhecimento em prática.
Por isso, vamos sempre reiterar, que o primeiro ponto que qualquer pessoa deve levar em consideração quando busca aperfeiçoar sua tomada de decisão, é treinar a própria mente, pois, é só dessa maneira que irá conseguir colocar em prática o conhecimento técnico.
Respirar fundo e conscientemente é uma técnica simples e que ajuda muito nesses cenários, pois neurologicamente falando, ocorre uma rápida oxigenação no cérebro e faz com que a razão seja reestabelecida (ou menos afetada).
Mas e aí? Você já refletiu sobre como você gerenciaria situações de emergência? O que você está fazendo hoje na sua formação que lhe garante essa segurança em situações adversas?
Esse é um tema considerado, muitas vezes, um “tabu”, afinal, todos acreditam que a emergência nunca vai chegar, ou que estão sempre preparados mentalmente, quando na verdade nada tem se feito para desenvolver essa habilidade de fato.
Se você quer se tornar um bom piloto, espere sempre o melhor, mas esteja 100% preparado para o pior! Isso pode salvar, literalmente, a sua vida!
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