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O voo da Airbus sem Piloto

Contou com 2 pilotos a bordo, estranho não? Seria possível realmente tirar os pilotos da cabine e continuar ainda assim transportando centenas de vidas lá atras?? Por que então a Airbus não conseguiu realizar isso nos seus testes de forma clara, e ainda, precisou não apenas de 1, mas de 2 pilotos.

Nossa opinião é clara: a tecnologia contribui de forma significante para reduzir a carga de trabalho dos sistemas complexos, permitindo que o elemento humano possa de fato fazer o que faz de melhor: adaptar e ser resiliente quando necessário, achando soluções não-obvias e podendo decidir entre a melhor linha de ação possível, dentre tantas que poderão haver,  julgando e avaliando ainda as possibilidades, benefícios, malefícios, riscos e, como se não fosse suficiente, criando contingências para tal!  

Mas o que seria um sistema complexo? Basicamente onde existe a interação de tantos elementos internos e externos cuja previsibilidade não pode ser feita com exatidão, e por não poder ser previsto, não pode ser totalmente automatizado, e precisa sim da presença humana, e não apenas 1, mas ao menos 2.

Após o voo “autônomo” da Airbus, que contou com 2 pilotos a bordo, vimos ainda alguns comentários que compararam a evolução como a que houve no elevador (pausa para risada), que antigamente existia uma pessoa “a bordo” e hoje não possui mais. Sinceramente, comparar um sistema complexo que é uma aeronave em voo com centenas de pessoas, com um elevador, não faz muito sentido para nós, pilotos.

Todos os sistemas (hidráulico, elétrico…) de uma aeronave complexa são duplicados por redundância de forma que a falha em um não ocasione uma falha geral, o mesmo motivo de aplica ao elementos humano, e por esse (e vários outros motivos) são e sempre serão 2.

Há aqueles, que influenciados por uma mídia ignorante,  defendem que o “erro humano é a maior causa de acidentes”, será mesmo? Se o sistema não consegue prever e ser programado para realizar algo que saia do “script”, seria realmente o homem o elemento chave no problema? Assunto que enfatizamos fortemente tanto no nosso curso, quanto no nosso conteúdo gratuito no instagram, facebook e youtube; para que as pessoas que nos tem como fonte de informação, possam adquirir desde o início uma mentalidade crítica e pensante, de forma que possam olhar um teste desses, com o mínimo de “estranheza”.

Com certeza o desenvolvimento da Airbus virá para facilitar uma série de procedimentos e permitir que a operação seja realizada com ainda mais segurança do que já é, reduzindo e facilitando a carga de trabalho dos pilotos, mas sem humanos, jamais.

Além disso, ainda que a Airbus conseguisse em uma possibilidade muito remota desenvolver e comprovar algo praticamente humano; fizesse testes realmente autônomos, tirando a presença dos humanos por completo, para então substituir os 2 pilotos, será mesmo que as pessoas comprariam passagens para viajar sem piloto? Você compraria? Sem ninguém la na frente com a sua vida em jogo em caso de um problema? 

E no caso ainda de uma emergência a bordo, não com os sistemas, mas com as pessoas; alguém infartando a bordo por exemplo? Como a maquina iria detectar isso? Serviços realizados para pessoas continuarão para sempre precisando de uma presença humana, ainda que a tecnologia evolua de forma absurda, ela sempre irá complementar a nossa atuação, e nunca substituir.

O voo da Airbus vem para uma série de outros benefícios, como para se afirmar no mercado como capaz, segura (que de fato é) e também um pouco de marketing para auto-promoção, que nunca é demais. Afinal de contas, quando as empresas decidem adquirir uma aeronave, certamente levarão a tecnologia embarcada em consideração.

O fato é que os fabricantes podem inventar o que quiserem, mas o que determina de fato se vai ter sucesso, é a opinião pública. Sem passageiro, nada feito.

Sem contar a quantidade de sistemas e infra-estrutura que precisariam ser implantados em uma esfera GLOBAL para que isso de fato fosse possível. Hoje as aeronaves já pousam sozinhas, desde que uma sééérie de requisitos seja cumprido, como por exemplo os dois motores funcionando, tripulação treinada para tal, aeroporto com a infra-estrutura adequada e nenhum equipamento pode estar inoperante, nenhum mesmo, nem mesmo o antiskid; que serve para, em resumo, ajudar em uma frenagem mais adequada, evitando derrapagens e aquaplanagens. 

Sabe por que? Porque o primeiro a sair quando algo sai do “script” é a tecnologia, deixando nas mãos dos humanos. A qualquer sinal de turbulência mais forte, o piloto automático pula fora e entrega nas nossas mãos. 

Nem mesmo carros, que não possuem nem a metade da complexidade de uma aeronave, conseguiram até hoje eliminar por completo a presença do motorista ao volante… imagine o avião;

Não mencionamos ainda as questões mundiais de sincatos; você realmente acredita que isso seria visto e apoiado pela comunidade internacional? E temos ainda os órgãos reguladores, que certamente não irão permitir absolutamente nada que nitidamente reduza a segurança de um voo.

Então, meus amigos, sejamos mais críticos com o que é publicado na internet; os pilotos não vão ser substituídos da cabine de comando, nem hoje, nem amanhã, nem nunca. Existem muitas coisas em jogo e a vida é a maior delas!

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